domingo, 25 de novembro de 2012

“Eu sei, é chato, muito chato. É que não dá… sempre volto nessa tecla, na nossa tecla. Sim, eu ainda penso que poderia ser a gente, poderia ser o casal do bairro, do shopping, do cinema… dos nossos lugares. Poderia ter tido mais melosidade, mais carinhos à praça, mais romance, mãos dadas nas ruas. Poderia ter sido isso, sabe? Ter sido o melhor um para o outro. Eu sei, é chato. Sou chato na verdade
, chato lembrando de algo que já passou, ou que poderia voltar. É falta da gente. Ou não, no fundo pode ser só mais um carência, uma necessidade, não sei. Mas que sinto vontade ainda, sinto. Na verdade é uma vontade passageira, tô precisando mais de um alguém qualquer do que de uma pessoa específica. Tô precisando mesmo… Alguém pra dividir tudo isso, dividir nosso mundo, nossas coisas. Pra gente ficar assim, dividido e completo um com o outro. No fundo é isso, precisa-se de reciprocidade, de sentimento, de um amor novo. Viu? não que ainda seja nossa tecla… mas sempre voltando nela, voltando à tudo aquilo que queria vivenciar. Voltando a realidades um pouco distante, talvez.”

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