quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Meninos não choram por meninas, mas se algum chorou por você, case-se com ele.
“As vezes a gente lembra e ri. Lembra e chora. Lembra por causa de uma foto, uma música ou até mesmo um filme. Lembra e relembra. Outras vezes lembra por apenas lembrar. E outras vezes lembra porque te fizeram lembrar. Lembra porque a única coisa que ainda resta é a lembrança. Lembra e já nem dói mais. Mas que dá uma puta de uma saudade, ah dá.”
“Li em algum lugar que há uma regra de decoração que merece ser obedecida: para onde quer que se olhe, deve haver algo que nos faça feliz.”
— Martha Medeiros.
“Mulher de verdade é bem resolvida. Não precisa tirar foto quase pelada, tão pouco ser vulgar para conquistar um homem e provar para si mesma que é bonita. Ela se valoriza com aquilo que tem, seja um sorriso sincero ou um olhar profundo, apenas de um jeito único que só ela tem. É autêntica no jeito de ser. Ser linda pra ela é ter sentimentos verdadeiros e ser sincera. Não precisa ser perfeita, basta ser mulher. De verdade. Frágil e incontrolável.”
Uma criança prestes a nascer perguntou a Deus:
"Dizem que estarei sendo enviado à Terra amanhã.. Como vou viver lá sendo assim pequeno e indefeso?"
Deus: "Entre muitos anjos escolhi um para você. Estará lhe esperando e tomará conta de você."
Criança: "Mas diga-me: aqui no Céu eu não faço nada a não ser cantar e sorrir, o que é suficiente para que eu seja feliz. Serei feliz lá?" 
Deus: "Seu anjo cantará e sorrirá para você... a cada dia, a cada instante, você sentirá o amor de seu anjo e será feliz."
Criança: "Como poderei entender quando falarem comigo se eu não conheço a língua que as pessoas falam?"
Deus: "Com muita paciência e carinho, seu anjo lhe ensinará a falar."
Criança: "E o que farei quando quiser Te falar?"
Deus: "Seu anjo juntará suas mãos e lhe ensinará a rezar."
Criança: "Eu ouvi falar que na Terra há homens maus. Quem me protegerá?"
Deus: "Seu anjo lhe defenderá mesmo que isso signifique arriscar sua própria vida."
Criança: "Mas eu serei sempre triste pois não Te verei mais."
Deus: "Seu anjo sempre falará sobre Mim e lhe ensinará a maneira de vir até Mim, e Eu estarei sempre dentro de você."
Nesse momento havia muita paz no Céu, mas as vozes da Terra já podiam ser ouvidas. A criança apressada, pediu suavemente:
"Oh Deus, se eu estiver pronto de ir agora, diga-me por favor, o nome do meu anjo.
E Deus disse:
"Você chamará seu anjo de MÃE." 

domingo, 24 de novembro de 2013

"Você está ai triste porque uma pessoa que você gosta terminou com você, ou simplesmente não consegue te ver mais com os olhos que você gostaria. Ok, tudo bem, a pessoa pode ser incrível, pode ter um ótimo senso de humor, pode ser inteligente, esforçada, independente... Pode te encantar de todas as formas, pode ter um sorriso lindo, pode ser sociável, educada, gentil com as pessoas... Mas do que adianta a pessoa ser tudo o que você sonhou, tudo o que você sempre quis se ela não se interessa mais por você? Vai insistir em um relacionamento so porque a outra pessoa tem várias qualidades? Vai ficar preso no mundo das lembranças, revivendo tudo em sua cabeça os momentos felizes de vocês? As lembranças são traiçoeiras, porque é a unica coisa que nunca vai mudar. Não podemos mudar o que passou, então quando você está com aquela ideia fixa que a pessoa é tudo pra você, você vai colocar esse cd pra tocar várias vezes ainda. E você vai sofrer, enquanto a outra pessoa estará ouvindo outras músicas...Você continua insistindo na mesma historia, você se dá ao máximo pra tentar reconquistar uma pessoa que já não quer mais ficar, agora me fala, você acha isso aceitável? Volto a questionar: do que adianta alguém ser uma ótima pessoa se ela não te quer? Se você tem que ficar se sujeitando a coisas que te faz sofrer? Do que adianta estar com alguém que você diz ser a certa pra você mas que não te trata bem? E não adianta você ser uma pessoa incrível, articulada, sorridente e feliz com a vida. Se a pessoa não gostar de você, ela não conseguirá ver nada disso. O amor é um sentimento nobre demais para ser mendigado, a consideração há de ser dada por espontaneidade, o carinho há de ser reciproco. Porque se você se dá muito mais que o outro, você acaba se dando demais e ficando vazia. Essa pessoa que você diz ser a pessoa que você sempre sonhou, na verdade ela não é tudo isso. Pense em seus relacionamentos anteriores, certamente fazendo uma comparação entre eles, uma pessoa não tem nada a ver com a outra e em ambas situações você deve ter achado que cada uma era a pessoa que você esperava, mas nunca é... Você está assim porque o seu coração está triste, mas passa... Existiram outras pessoas na sua vida e você superou, e essa é só mais outra."
Sempre me senti diferente dos outros. Não mais bonita, não mais inteligente, não mais especial, não mais esperta, não mais maluca, não mais legal, apenas diferente. Sou diferente na forma de sentir, tudo que me toca, me toca fundo. Tudo que me alegra, me alegra muito. Tudo que me dói, dói forte, corta. Nunca tive muitos freios em matéria de sentimento. Sempre que eu quis ir, fui. Muito me estrepei. Sempre que quis falar, falei. Muito me ralei. Aprendi um pouco a calar, a tentar respirar fundo e pensar.
Quero um amor que assista um filme comigo mexendo no meu cabelo, que quando eu chorar me faça rir, que me chame de linda quando eu chamá-lo de idiota, que ande de mãos dadas comigo, que me beije na chuva e quando eu falar de mais, que durma de conchinha e me esquente nas noites frias de inverno, que me mande rosas com um cartão, que eu goste do seu perfume. Um amor que passe as tardes comigo dormindo ou simplesmente fazendo nada, apenas deitados na cama, eu que quero um amor que me entenda quando não estou nos meus melhores dia, resumindo: eu quero alguém que com pequenas coisas me faça feliz.
“Consegui me desligar de você. Não posso dizer que foi fácil, por que não foi. Doeu, claro que doeu. Eu me apeguei demais a você, e foi um dos meus piores erros. Você junto com os seus problemas e com as suas paranoias, conseguiu perder a pessoa que mais te queria bem. Eu chorei por você, não nego. E me arrependo por cada lágrima derramada. Me lembro bem que todas as noites eu me ajoelhava e pedia, pra que aquilo que não fosse pra ser, sumisse logo da minha vida. Os dias passaram, você se distanciou. Na verdade, você foi embora mesmo, e foi porque quis. Eu sempre pensava que a sua partida iria ser a mais dolorosas de todas, mas não foi. Você foi embora e eu não senti nada. Absolutamente nada.”

sábado, 23 de novembro de 2013

E mais uma vez, eu abri uma página sua de uma rede social e fiquei olhando sua foto. Como eu já sorri olhando praquilo, você não tem ideia. Mas das ultimas vezes, infelizmente não era sorrindo que eu olhava, era com desanimo, com saudade e mágoa misturadas. Porque você tinha que morrer? Porque você tinha que matar tudo que eu sentia? Me obrigar a morrer também. Me obrigar a fingir estar viva pra todo mundo. Me obrigar a não chorar, quando tive vontade de chorar. Vontade de te esmurrar, te dizer que você é um idiota, um babaca, um cretino, um fraco, nunca passou disso. Nunca uma piada sua foi engraçada, nunca você me surpreendeu. Nunca. Mas eu não consigo deixar de pensar em você, a cada dia, a cada ato meu. E quando eu procuro outras pessoas, eu procuro imaginando você me vendo. E tendo ódio de mim. Porque eu quero que sinta ódio. Porque ódio significa alguma coisa, e é melhor que indiferença. Você que já foi tudo, já foi minha esperança, foi meu futuro imaginado, hoje não é nada. Não passa de uma foto numa rede social. Se eu vivo bem sem você, porque eu continuo te olhando? Porque eu sempre volto aqui? Porque eu ouço musicas que falam de tristeza? Por quê? Você não vale isso. Mas eu faço. Eu continuo fazendo. Como uma cerimônia de luto, eu sigo a risca. Mas acontece que você não morreu de verdade, do jeito que eu preferia que morresse. Você está ai vivo, vivendo sua vida, fazendo suas coisas, feliz, tranquilo, sem sentir minha falta, sem olhar minha foto em rede social. Porque eu não consigo? Porque você não podia ser alguém? Eu esperei muito de você? Não. Eu não esperei nada, eu entendi tudo, eu entendia o que ninguém entenderia. Eu respeitei. Eu fiz como você quis. Tudo. Eu me anulei. Eu deixei de me amar, pra todo meu amor ser só seu. Eu voltei atrás. Eu chorei, eu pedi desculpas, eu aguentei besteiras. Aguentei tudo. Ajuntando do chão, migalhas do seu carinho, migalhas do seu amor. Do seu jeito explosivo e calmo. Um dia me amando como se a terra fosse acabar depois da meia noite. No outro dia um desconhecido me pedindo pra tratá-lo como qualquer um, por favor. Você é meu personagem favorito. O dono de todos os meus textos, de todas as minhas histórias. O dono da curvinha das minhas costas. E eu tenho que dizer isso agora, só pra uma foto numa rede social. Porque você morreu na minha vida. Você pediu demissão, seu cargo era o de presidente, era membro honorário do conselho, tinha tapete vermelho e eu me vestiria até de secretária se te agradasse. E você pediu demissão, sem aviso prévio nem nada. Me diz agora? Como viver bem? Como sobreviver, sem essa ponta de angustia? Eu sou feliz, cara. Eu sou feliz demais. Mas eu sou infeliz demais, quando penso em você. Quando penso no que poderia ser, no que poderia ter sido. Eu sei que não dá. Eu nem quero que dê. Não quero mais. Mas não sei o que fazer com esse nó. Vai passar né? Eu sei. Com o tempo eu não vou mais olhar sua foto, nem sofrer, nem pensar o quanto é infeliz tudo o que aconteceu. Tomara que passe logo. Porque a vontade de te ressuscitar as vezes, me domina.

Tati Bernardi

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Coca-cola, formigas atômicas e combo de pipoca.
Tava na fila do cinema quando vi um cara com blusa das formigas atômicas acenar pra mim. Olhei duas, três, cinco mil vezes pra ver se eu não tava delirando. Ele vinha na minha direção com os braços abertos e eu calculei a distância entre o elevador mais próximo e eu. Não dava tempo de correr. Também não dava tempo de cavar um buraco no piso do shopping e pular dentro.
― Ei, preta. ― Ele me deu um abraço estranho de uma só mão e eu meio que abracei a outra mão dele e… hãm, foi um desastre. Mas meu coração doeu quando eu ouvi essa voz e esse apelidinho que anos atrás, eram suficientes pra deixar meu dia mais feliz.
― O…hei… ã. ― Eu queria dizer “Hey, oi, e aí?”. Mas não conseguia pronunciar direito.
― Quanto tempo né.
― Pois é… ― Balancei a cabeça.
― É… e aí?
― Tudo nice.
― Então… anos, né?
― Pois é. Três ou quatro.
― Acho que é quatro.
Três anos, nove meses e quatro dias, querido.
― É…
― Arram…
― Pois é.
Passamos algum tempo nos olhando constrangedoramente. Lembrei do tempo que nós tínhamos assunto. Era natural como respirar. Passávamos umas boas três, quatro horas no telefone. O assunto nunca acabava e o silêncio também não era um incômodo, nós meio que nos entendíamos. E olha só pra gente agora. Procurei na minha cabeça algum assunto que poderia falar com ele, mas não vinha nada. Estava quase correndo pra longe quando…
― Uma amiga minha te viu um dia desses.
Meses e meses atrás, corrigi mentalmente.
― Dalila?
― Não, não. Você não conhece.
― Então como ela sabe quem sou eu?
Ok. Já posso correr. Deveria dizer “não, é que assim, você é meio que o cara que eu mais amei na vida e meio que eu ainda falo de você pra Deus e o mundo”? Não né.
― Quis dizer que você não deve se lembrar dela, enfim, esquece.
― E esse suco aí na tua mão?
Olhei pra baixo e notei realmente que eu estava segurando um copo de suco de laranja. Alguém, que eu não me lembrava agora quem era, tinha ido comprar pipoca pra gente também, eu acho.
― É um suco.
― Tá brincando que é um suco? ― Ele ironizou. ― Tô querendo saber, é, cadê tua coca cola?
― Ah, sim, sim. Não tomo mais, sabe. ― Era minha deixa. Ensaiei falar isso faz anos. ― Mudei muito.
― Tu? Mudou? Tu? Parou de tomar coca? Ta beleza, eu acredito.
― Não ta vendo o suco na minha mão? Parei de tomar coca.
― Não parou não.
― Parei. ― Queria jogar o suco na cara dele ― Isso aqui é suco.
― Mas continua querendo tomar coca.
― Isso não significa nada.
― Claro que significa. ― Ele sorriu ― Significa que tu deixou de tomar coca, mas nunca vai deixar de tomar coca. Ela ta aí dentro de ti ainda. Tu sempre vai desejar uma coca gelada que rasga a garganta. Pega logo uma coca.
Verdade. Quase pude sentir o gosto enquanto ele dizia isso. Como eu queria coca-cola. Quase dois anos que eu não tomo e eu nunca deixei de querer tomar.
Mas enfim, o que tem haver?
― Que bom que só querer não dá celulite né? ― Sorri.
― Você seria linda de qualquer forma. Com ou sem celulite. ― Ele falou em um tom mais baixo e mais intenso, e eu tive um ataque cardíaco, pelo menos era o que eu sentia. Olhei pros lados disfarçando a timidez.
― E os caras? ― Ele perguntou quando teve a certeza de que eu não iria mais responder.
― Que caras?
― Os caras, né.
― Hãm?
― Namorados, preta, namorados, problemas, paqueras, etc.
Ah sim. Isso me lembrou que tinha alguém comprando pipoca em algum lugar desse shopping. Olhei de relance pra ver se encontrava, mas aparentemente não estava em nenhum canto. Ou era culpa minha, que só conseguia ver o cara de camisa das formigas atômicas na minha frente.
― Tô namorando.
― Você? ― Ele levantou a sobrancelha.
Me senti um pouco ofendida com o tom de voz dele. ― Eu mesma.
Ele me fitou por algum tempo em silêncio.
― O que? ― Já tava sem paciência.
― É… ― ele pensou por mais alguns segundos ― Estranho, eu acho.
E eu entendi o que ele quis dizer. A gente só se conhecia como um sendo a pessoa do outro. Nós éramos o amor da vida um do outro, a alma gêmea, a metade da laranja e qualquer outro nome que dão pra isso. Era algo fora do contexto esse nosso encontro, a gente aqui, como dois conhecidos que não se vêem há anos. Como que a gente foi se perder assim? Como que nossas vidas que pareciam tão juntas e tão entrelaçadas e tão grudadas, inventaram de mudar de rumo? Eu me sentia até culpada, eu acho. Era tudo bonito demais e triste demais e apaixonado demais pra ter acabado.
― É.
― Ainda escreve?
(Escrevo. Tô escrevendo um texto sobre você nesse instante.)
― Não ― Menti. ― Não tenho mais tempo pra isso.
― Hum… Então você mudou.
― Mudei muito.
― Mentira sua ― Ele me olhou como uma criança implicante.
― Acredite no que quiser ― Retribui o olhar.
― Aposto que ainda conta os dias e as datas.
― Não mesmo. Nem me lembrava mais disso. Aliás, que dia é hoje?
― Quanto tempo pro teu aniversário?
― Que?
― Quanto tempo falta. Para o teu. Aniversário. ― Ele falou pausadamente.
Engoli seco. ― Eu sei lá.
― Eu sei que você tá contando.
― O que? Eu mesm…
― Anda.
― Não sei.
― Diz.
― Não dig…
― Agora.
O encarei por alguns segundos até suspirar pesadamente.
― Três meses e quatro dias.
― Aniversário da tua cachorra.
― Sete meses e… seis dias. 12 de dezembro. Aniversário de Belo Horizonte. Dia da morte do José de Alencar. Aniversário do Silvio Santos também.
― Viu, eu disse.
― Grande coisa. Todo mundo tem uma mania.
― Grande coisa. Você não mudou nada.
― Cortei o cabelo.
― Não mudou a cor.
― Não assisto mais novela.
― Continua achando que a vida é uma novela mexicana.
― Não como mais miojo.
― Ainda odeia usar garfo pra cortar a carne.
― Tá. Tá. Eu entendi. Não mudei. Você venceu. Agora, pra quê tudo isso?
― Pra me certificar.
― De que?
Ele olhou pro lado e suspirou. ― De nada. De nada. Ei… tem um cara parado ali feito um bobo, acho que ele ta procurando alguém.
Segui o seu olhar e avistei um cara com um combo de pipoca na mão.
De alguma forma ele sabia quem esse cara é. Estranho.
― É meu namorado. Eu… eu tenho que…
― Tem que ir. ― Ele balançou a cabeça positivamente.
Droga. Porque é tão difícil ir embora?
― Então, até um dia.
― Até ― Ele pegou minha mão e deu um beijo, então deu um meio sorriso e foi se afastando.
Mordi o lábio enquanto o vi partindo ― já o vira partir tantas outras vezes. A gente nunca acha que um dia vai acabar. A gente sempre acha que vai ter mais, algum dia, alguma vez. Até que acaba. Até que o máximo de proximidade entre vocês seja apenas encontrar um ao outro na fila de um cinema. E não há nada mais triste que isso de seguir em frente. Não há nada pior do que desvencilhar sua vida da de outra pessoa. E mesmo com tudo, é como se não existisse realmente um fim, mesmo depois de ter tido um fim…
― Espera!
Ele se virou pra mim com surpresa em seus olhos ― O que?
― Você!
― Eu…
― Você é minha coca-cola.
― Eu sou o quê?
― Minha coca-cola. ― Ele vinha se aproximando e eu fechei os olhos, tentando me lembrar das palavras dele anteriormente. ― “Significa que tu deixou de tomar coca, mas nunca vai deixar de tomar coca. Ela ta aí dentro de ti ainda.”
― E o que isso significa?
― Você sempre vai estar aqui, mesmo não estando.
Ele deu um sorriso triste, e pelo seus olhos, vi que o meu também era. Ele colocou uma mecha do meu cabelo para de trás da minha orelha e suspirou.
― Você sempre vai ser a minha coca-cola, também.
― Até mais então.
― Até um dia, preta.
Cada um seguiu em frente novamente ― e literalmente. Fui encontrar o cara com o combo de pipoca, mas não pude deixar de olhar pra trás e ver, por mais uma ― e talvez última ― vez, o cara com a camisa das formigas atômicas.
Acho que vou tomar coca-cola hoje. (Iolanda Valentim)
“Idiota fui eu, que só por ter tido carinho, pensei que fui amado.”
Caio Fernando Abreu.
“Sem pressa. Sem vírgulas. Sem ponto final. Sem brigas. Sem separação. Sem mágoa. Sem dor. Somente amor, por favor.”
“Eu realmente acredito que, embora o amor possa ferir, ele também seja capaz de curar.”
Nicholas Sparks.
"Tu não sabe a sorte que tem. Mil loucos por ela e ela louca por você."
“Você não pode viver a sua vida para os outros. Você tem de fazer o que for certo para você, mesmo que isso machuque as pessoas que você ama.”
Nicholas Sparks. 
“Não importa onde você parou ou em que momento da vida você cansou. Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo. É renovar as esperanças. E eu pergunto: sofreu muito nesse período? Foi a dor do aprendizado. Chorou muito? Foi a limpeza da alma. Ficou com raiva das pessoas? Foi para perdoá-las. Acreditou que tudo estava perdido? Era o início da tua melhora.”
Carlos Drummond de Andrade. 
"Eu me orgulho de todas as minhas lembranças ingênuas, mas tenho consciência de que foi a minha fragilidade cansada que me transformou numa pessoa irônica."
- Tati Bernardi
“Mas eu acredito em amor verdadeiro, sabe? Não acho que todo mundo possa continuar tendo dois olhos nem que possa evitar ficar doente, e tal, mas todo mundo deveria ter um amor verdadeiro, que deveria durar pelo menos até o fim da vida da pessoa.”
A Culpa é das Estrelas. 

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

O cara te trata feito rainha e você até que gosta, acha bonitinho e dá uma chance. Mas aí vem outro e esquece de te ligar no dia seguinte, só manda mensagem quando quer e te sussurra aquelas coisas que não se diz porque o horário não permite, e você gama. Mulher é bicho de oito cabeças. 
“Eles se amam. Todo mundo sabe mas ninguém acredita. Não conseguem ficar juntos. Simples. Complexo. Quase impossível. Ele continua vivendo sua vidinha idealizada e ela continua idealizando sua vidinha. Alguns dizem que isso jamais daria certo. Outros dizem que foram feitos um para o outro. Eles preferem não dizer nada. Preferem meias palavras e milhares de coisas não ditas. Ela quer atitudes, ele quer ela. Todas as noites ela pensa nele, e todas as manhãs ele pensa nela. E assim vão vivendo até quando a vontade de estar com o outro for maior do que os outros. Enquanto o mundo vive lá fora, dentro de cada um tem um pedaço do outro. E mesmo sorrindo por ai, cada um sabe a falta que o outro faz. Nunca mais se viram, nunca mais se tocaram e nunca mais serão os mesmos. É fácil porque os dias passam rápidos demais, é difícil porque o sentimento fica, vai ficando e permanece dentro deles. E todos os dias eles se perguntam o que fazer. E imaginam os abraços, as noites com dores nas costas esquecidas pelo primeiro sorriso do outro. E que no momento certo se reencontrem e que nada, nada seja por acaso.”

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

“Eu sei que você sente falta dele. Sei que você sente falta do jeito que ele te chamava, dos apelidos carinhosos destinados apenas a sua pessoa. Sei também que você sente falta das mãos dele, a propósito maiores que as suas, que insistiam em segurá-las em lugares públicos para dar a ideia de que “Ele é meu”. Sei que você sente falta dos casacos dele que te protegiam do frio, já que eram maiores que seu corpo. Sei que sente falta do cheiro dele também, e que já se pegou sentindo aquele perfume do nada, parece coisa de cinema, mas você já sentiu, admita. Sei que você sente falta da maneira como ele notava que estava mal, e da maneira que se importava até quando você dizia estar tudo bem. Sei que sente falta até de suas discussões, que mesmo nas piores, eram encerradas com um beijo vindo de ambas as partes. Sei que sente falta de ouvir a música de vocês, e sente porque é incapaz de ouvir de novo por não se sentir preparada para lembrar dele. Mas querendo ou não, você lembra dele não é? Você fica dispersa na sala de aula escrevendo o nome dele nas bordas das folhas dos seus cadernos, não é? Eu sei que você pode viver sem ele, mas simplesmente não quer, não é? Você ainda o ama. Se não amasse, a voz, o jeito, o cheiro e o toque dele não passariam pela sua cabeça enquanto digo todas essas coisas, já que eu simplesmente não citei nome de ninguém […]"
‎"Sabe por que muitos relacionamentos não dão certo? Porque moleque que se faz de homem, só da certo com vadia que se faz de santa."

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

“Passei a maior parte da minha vida tentando não chorar na frente das pessoas que me amavam. Você trinca os dentes. Você olha para cima. Você diz a si mesmo que se eles o virem chorando, aquilo vai magoá-los e você não vai ser nada mais que uma tristeza na vida deles.”
— A culpa é das estrelas. 
“Muitas vezes as reviravoltas servem para nos sacudir, para nos fazer acordar. Para mostrar que a gente merece mais, muito mais. Não vale a pena se desgastar com ignorância, fofoca e falsidade. Não faz bem para a saúde conviver com mesquinharia. Ambientes carregados não fazem bem para a alma de ninguém.”
— Caio Fernando Abreu
“Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está aí, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada ‘impulso vital’. Pois esse impulso ás vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te surpreenderás pensando algo assim como ‘estou contente outra vez.”
— Caio F.Abreu
“Eu quis tanto ser a tua paz, quis tanto que você fosse o meu encontro. Quis tanto dar, tanto receber. Quis precisar, sem exigências. E sem solicitações, aceitar o que me era dado. Sem ir além, compreende? Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha, era seu. Mas se você tivesse ficado, teria sido diferente? Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais — por que ir em frente? Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia — qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê. Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido. Tinha terminado, então. Porque a gente, alguma coisa dentro da gente, sempre sabe exatamente quando termina. Mas de tudo isso, me ficaram coisas tão boas. Uma lembrança boa de você, uma vontade de cuidar melhor de mim, de ser melhor para mim e para os outros. De não morrer, de não sufocar, de continuar sentindo encantamento por alguma outra pessoa que o futuro trará, porque sempre traz, e então não repetir nenhum comportamento. Ser novo. Mesmo que a gente se perca, não importa. Que tenha se transformado em passado antes de virar futuro. Mas que seja bom o que vier, para você, para mim.”

— Caio Fernando Abreu.
“— Você sumiu.
Naquele momento eu gostaria de ter dado as respostas mais clichês - “Você me procurou?, ou, “Meu endereço é o mesmo” - Queria ter gritado a mais cruel verdade - “Me afastei pra ver se sentia minha falta” - e outras mil frases que vieram em mente. Suspirei e disse as únicas palavras que consegui:
— Você também sumiu.”
“Espero. Espero mesmo que todos os dias da sua vida você coloque a cabeça no travesseiro e pense em mim. E se odeie por isso, por não conseguir não pensar em mim. Você vai pegar quarenta numa noite só, vai pegar o número do celular de vinte, vai ligar pra dez e vai pra cama com cinco. E quando for dormir, antes de agarrar no sono, você pensará em mim, no quanto sua vida liberal não te serve de porra nenhuma. Porque a cada fim de noite você deita na cama e percebe o quão patético conseguiu ser ao me deixar ir embora da sua vida. Vai deitar e se sentir um lixo, porque bebeu o dia inteiro, saiu e transou com quem queria, mas foi inevitável não pensar em mim no final do dia, né? Porque nessa sua merda de vida a única coisa que te fazia se sentir vivo era eu, e você deixou escapar entre seus dedos. É, você me deixou escapar e ir embora por noites de prazer e noites de farra. Mas você não imaginaria, não passaria em momento algum na sua cabeça que antes de dormir, o seu único pensamento, seria e sempre será eu.”
“Quando eu era mais nova, eu me apegava muito fácil às pessoas. E eu sempre ficava implorando para não irem embora, para não me largarem nunca, porque eu precisava delas ao meu lado, comigo. Mas hoje eu aprendi a não fazer mais isso, sabe por quê? Porque quem realmente gosta de ti, vai ficar, sem ser preciso tu ficar pedindo para não irem.”
“Sabe, quando a gente é jovem parece que qualquer coisa é o fim do mundo. Mas não é. Isso é só o começo. E eu sei que você ainda vai conhecer vários outros babacas, mas um dia você vai conhecer um cara que vai te tratar do jeito que você realmente merece. Como se a vida dele não existisse sem você.”
— 17 Outra Vez. 
“É a história mais antiga do mundo. Um dia você tem 17 anos, e está planejando o futuro. E então sem perceber, o futuro é hoje. E então, o futuro foi ontem. E essa é a sua vida. Se tivesse um amigo que nunca mais fosse ver, o que você diria? Se pudesse fazer uma última coisa para alguém que ama… o que seria? Diga. Faça. Não espere. Não dura para sempre.”
— One Tree Hill.
“O que a gente não pode mesmo, nunca, de jeito nenhum é amar mais ou menos, sonhar mais ou menos, ser amigo mais ou menos, namorar mais ou menos, ter fé mais ou menos, e acreditar mais ou menos. Senão a gente corre o risco de se tornar uma pessoa mais ou menos.”
Chico Xavier.
Há 5 tipos de medo: 1. O pânico. 2. O terror. 3. 15 chamadas perdidas de sua mãe. 4. Temos que conversar. 5. Senha Incorreta.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

“Só continue sendo forte. Não se preocupe, essa angustia que você está sentindo vai passar, a saudade vai acabar. Eu sei que agora parece que o mundo conspira contra você, mas ele gira e em um giro desses tudo pode mudar. Então não desiste, sorria. Você é mais forte do que pensa e será mais feliz do que imagina. O medo a decepção, a tristeza, a raiva são só sentimentos, são só momentos e momentos chegam ao fim. Isso chegará também. Não tem como encontrar a felicidade sem ter passado pela tristeza. Pense nisso, não é hora de se deixar abalar.”

"Pensei em sumir. Desaparecer. Despistar. Fingir. Só que eu não vou. Vou me esforçar e acreditar que tudo vai ficar bem. A esperança nos mantém vivos, certo? A fé nos faz andar para a frente, certo? Então tá certo. Ficamos combinados dessa forma. Não espere poesia, linhas bem feitas, palavras bonitas. Simplesmente não posso. Agora não. Não sou de ferro. E está doendo."
“Eu sou tipo. Tipo. Sou tipo uma granada, mãe. Eu sou uma granada e, em algum momento, vou explodir, e gostaria de diminuir a quantidade de vítimas, tá? Eu sou uma granada — repeti. — Só quero ficar longe das pessoas, ler livros, pensar e ficar com vocês dois, porque não há nada que eu possa fazer para não ferir vocês; vocês estão envolvidos demais, por isso me deixem fazer isso, tá? Não estou deprimida. Não preciso sair mais. E não posso ser uma adolescente normal porque sou uma granada.”
“Eu fui sua. Juro, eu era tipo, muito sua. Eu me importei infinitamente mais contigo do que com todas as pessoas do mundo, eu passei várias noites inteiras no celular com você sabendo que eu tinha prova no dia seguinte sem me importar com isso, deixei de sair com minhas amigas porque você preferia ficar em casa, me afastei de todos os meus amigos que você não gostava ou possuía alguma restrição e abri mão de muita coisa por sua causa. Eu acreditei em você. Acreditei, cara! Achei que você estava sendo sincero quando disse todas aquelas baboseiras que gente apaixonada diz. Confiei quando você prometeu que ficaria até o fim e acima de tudo, vi sinceridade no que a gente tinha. Eu acreditei na gente. Em contrapartida, você acabou com a gente. Irônico, não é? Quero dizer, enquanto eu fiz de tudo por nós dois, você usou e abusou de toda a sua malandragem pra destruir o que tínhamos. Ela valeu tudo isso? Você sabe, a nova garota. O novo amor da sua vida. Aposto que ela não vai abdicar da porra da vida dela por você como eu fiz, não vai te atender às quatro da manhã em plena segunda-feira, como também não vai te esperar por tanto tempo como eu te esperei. Mas a escolha foi sua e você vai ter que arcar com as consequências. Então para de me procurar. Para de agir como quem ainda, no fundo, se importa. Porque eu não quero mais saber de você. Não quero mais ter de aguentar todas as suas burradas, suas mancadas e seus erros. Um atrás do outro. Não to mais a fim de encontrar alguma justificativa pra todas as nossas brigas e não quero mais usar desculpas esfarrapadas pra limpar a sua barra com minhas amigas. Porque cara, elas sempre te odiaram. E elas tinham razão. Tu não passa de um imbecil que não sabe o que quer da vida. E eu não quero mais ser a sua vida. Larga do meu pé. E dessa vez é pra valer.”
“Sempre quando eu digo que te esqueci, eu minto. Minto para você, para os meus amigos, para mim mesmo, para quem perguntar. Minto, porque sinto sua falta a cada suspiro de segundo que se atreve a passar. Minto, porque meu orgulho sufoca, aqui no cantinho do peito, deixando meu coração apertado. Minto, porque sei que faz falta, mas também entendo o que é melhor pra mim.”

— A culpa é mesmo das estrelas?
"Você se foi, ok. Faz tempo? Faz. Mas essa dor não me consome mais, de vez enquanto, me tortura. Lembro-me das nossas mensagens e vejo nossas conversas, não somos mais os mesmos. Eu aqui e você pra lá. Não sei como anda sua vida, se sorri ou se chora, mas sei que em algum lugar do tempo eu te entendia melhor do que ninguém. Agora já não tenho mais tanta certeza se ainda ocupo esse cargo. É estranho, né? Como o tempo apaga a intensidade das coisas.”

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

3 da manhã e chega uma nova mensagem: “Tá se cuidando como eu pedi? Tô com saudade, lembra sempre de mim”. E não consegui dormir, só lendo, relendo e sentindo que você tava me cuidando, mesmo aí de longe, mas com o coração aqui, comigo.
— Eu pensava que a vida era um conto de fadas.
—Ah, meu bem isso aqui tá mais pra conto de falhas.
“Mas você vai lembrar de mim. Quando o timbre de alguma voz parecer o meu, ou quando alguém repetir tantas vezes o seu nome como eu gostava de fazer, você vai lembrar. Quando olhar para o relógio e ver que é exatamente o horário em que eu costumava te procurar, seu coração vai doer, porque você vai desejar mais do que tudo esquecer. Quando se deitar e olhar o teto vai sentir falta do calor do telefone no seu ouvido me ouvindo falar sem parar. Sentirá minha falta em tudo o que for pequeno, nos mínimos detalhes, perderá as forças quando alguém te dizer aquela palavra que levará teus pensamentos diretamente aos meus, nas músicas que eu cantava pra você, no rouco da minha voz. E os beijos de qualquer outra pessoa te farão desejar ainda mais ter de volta os meus. Quando reclamar do frio, não encontrará ninguém que te esquente tão bem quanto eu. E você vai sentir minha falta. Por favor, diga que sim. Diz que não é só comigo. Promete que quando a nossa música tocar pelas rádios você desligará o som porque além de não gostar da música, seu coração doeu.”
“E mesmo se sentindo patético e ridículo, não queria que aquilo acabasse, porque sabia que a ausência dela doeria mais que qualquer fim de namoro.”
— O Teorema Katherine
Não há nada como a respiração profunda depois de dar uma gargalhada. Nada no mundo se compara à barriga dolorida pelas razões certas.

domingo, 29 de setembro de 2013

“Quero te dizer que muito mais importante que ter alguém é ter paz. Muito mais importante que ter alguém é saber lidar com você mesma. É se gostar, se curtir, se suportar, se superar todo dia… Muito mais importante que ter alguém é estar todo dia verdadeiramente apaixonada pelo “alguém” mais importante da sua vida: você mesma.” Clarissa Corrêa
Com 8 anos ela brincava de boneca. Com 9, ele a chamava de feia, de gorda e de chata, só para que ela ficasse irritada. Com 10 anos ela o odiava com todas as forças, mas com 10 e 8 meses até que gostava do jeito que ele jogava futebol. Com 11 anos ele era o orgulho do pai: era capitão do time, tirava notas boas e era relativamente feliz. Com 12 anos, ele esqueceu o quão irritante ela era e reparou em como os olhos dela brilhavam. Com 13 ela deu o seu primeiro beijo, e ele fingiu não ligar, mas queria que fosse com ele. Com 15 ele estava completamente dedicado aos estudos; contudo, quando ninguém via, até que olhava de canto para ver como ela ficava bonita entretida no seu livro de história. Aos 16, ela começou a namorar. Não exatamente com quem sentia aquilo que namorados sentem um pelo outro, mas sim com quem a queria bem. Com 17 anos ele viajou. Foi para outro estado qualquer… E não gostava de admitir, só que apenas não aguentava mais vê-la com outro. Aos 18, ela entrou para a faculdade. Já não estava mais namorando, e morria de saudades do sorriso dele. Aos 19 ele voltou. Agiu com indiferença… Parecia tanto outra pessoa que ela nem quis mais saber de conversa. Com 20 anos ela trabalhava em um restaurante, e ele gostava de ir lá só porque sabia que iria ser atendido pelo seu amor de infância. Aos 21, ela se deixou levar por uns drinques a mais… Deram seu primeiro beijo. Aos 22, ele disse seu primeiro “Eu te amo”; e 5 meses depois assumiram o namoro. Com 23 anos o “ele” e “ela” já não existiam mais. Com 25 era apenas “nós” e “para sempre”. Com 26 estavam noivos, e aos 29 casaram à beira da praia. Depois, os “30”, “31”, “32” e todo o resto eram apenas mais alguns números; nada que mudasse muita coisa, nada que os impedisse de serem um do outro. Nada que fizesse com que o que sentiam se desgastasse, ou fosse embora… E agora? Agora você entende o que eu quero dizer quando falo que te amo de verdade? O que eu me refiro quando digo que quero estar contigo para sempre? É isso. É não me importar com nada, é viver independente de tudo. Porque um amor verdadeiro, querendo ou não, nunca acaba… E anjo, você é o meu. O meu amor, o cara com quem eu quero passar o resto dos meus dias junto. Você é o garoto que, de uma hora para a outra, simplesmente fez com que tudo mudasse. E com “tudo”, eu quero dizer aquele coração de pedra… Se quer saber, você é só tudo o que eu sempre quis; ou talvez até mesmo um pouquinho mais. Só isso. Te querer comigo é apenas mais uma consequência. Me desculpa por ser tão sua, me desculpa por não conseguir controlar. Mas o que um coração apaixonado é capaz de fazer além de… Amar? Digo, amar você. Ainda que eu não queira, ainda que eu não goste… Só você.
Outro dia ouvi uma amiga reclamar sobre os problemas do relacionamento dela. Os ataques de ciúme por coisas bobas, que presente dar de Natal, que roupa usar na festa de família, e por aí vai. De primeira pensei “nossa, que chato, já tinha me esquecido como é se preocupar com esse tipo de coisa.” Conforme as horas foram passando e fomos conversando sobre o assunto, fui notando que conforme ela contava os motivos para o incômodo, eu sempre conseguia rebater de forma que ela se sentisse feliz e com sorte de poder estar passando por aquilo. Logo eu, que estou sozinha há um tempo, sem ter com quem partilhar esses momentos, levava a ela milhares de razões pra ela achar o máximo poder enfrentar cada tipo de situação que no início a incomodava. Notei que sem perceber, ela estampou um sorriso gigante de ponta a ponta. Assim, do nada. Estranhei. Perguntei o porquê do sorriso se no início da conversa só faltava uma arma ou luvas de boxe. E ela me respondeu: “Ter namorado é bom. Me sinto amada e segura. Mas nada no mundo se compara a ter amigos de verdade.” E dessa vez, o tal sorriso gigante apareceu no rosto de quem? Isso mesmo, no meu. Percebi que namorar é incrível, mas não é tudo. Percebi que por mais que a gente se sinta carente e sozinha muitas vezes, não estamos. E que não existe fase boa que dure a vida toda, nem fase ruim que nunca se acabe. Mas a amizade mesmo, se for construída com a cumplicidade e sinceridade necessárias, consegue ultrapassar todas essas barreiras. Sei que daqui há alguns anos a preocupação com os ciúmes e presentes podem ser comigo. O namorado até pode mudar, mas na hora de pedir conselhos alguém tem dúvida de quem vou procurar? Bom, ela sabe.
É, talvez o amor seja assim mesmo. Uma montanha de sentimentos que a gente geralmente não entende. Tem medo, vontade, ciúmes… Amor é colecionar detalhes. É sonhar acordado e só saber que é verdade porque tem alguém do outro lado tendo o mesmo sonho que você. É dividir o dia-a-dia mesmo as coisas mais banais. É abrir mão de muita coisa. Amor é pertencer ao outro, mas não por submissão ou posse, mas sim por entrega. É contar segredos, sonhos e piadas sem graça também. Amor é quando ele te abraça quando você está de TPM, ou quando ela joga vídeo game com você, mesmo que não goste. Amor é muito mais que beijo na boca. Amor é quando você encontra em uma pessoa todos seus defeitos preferidos. Amor é quando ele não tira a barba só porque ela elogiou, ou quando ela procura roupas parecidas com aquelas que ele elogiou. Às vezes as pessoas confundem amor com paixão. E sabe qual é a principal diferença? É que no amor não há desistências, independente da dificuldade. O amor só você entende. É um sentimento maduro, aquele do tipo que você tem certeza que se a sua vida acabasse hoje, ainda sim você morreria feliz por ter conhecido a pessoa mais sensacional do mundo. É fechar os olhos e se jogar sem medo do que vai encontrar lá embaixo. Você apenas confia. Amor é acordar sorrindo ao lembrar do seu sorriso favorito. É ver filme junto e sentir ele te apertar nos braços ao notar que você está com medo, ou quando você sente o cheiro dos cabelos dela no seu ombro e se sente o homem mais completo do mundo. Talvez o amor seja algo inexplicável, ou talvez seja algo que você nunca sentiu.
“Um dia você vai se lembrar de mim. Os números da sua agenda passarão claramente na sua frente e você não terá nenhum para discar. Talvez, até tente o meu, mas até lá posso não querer mais te atender ou talvez nem seja mais meu aquele número. Você vai tentar chamar alguém, mas não vai haver ninguém pra sair correndo e te dar um abraço, nem te colocar no colo ou acariciar seus cabelos até que o mundo pare de girar. Nessa fração de segundo, quando seus pés perderem o chão, você vai lembrar do meu carinho e do meu sorriso infantil. Virão súbitas memórias gostosas dos meus beijos e abraços, da minha preocupação quando você saía e esquecia de pegar a blusa de frio… E só terá uma música repetindo no seu rádio: a nossa doce sinfonia. Em um novo momento você vai sentir um aperto no peito, uma pausa na respiração, e vai torcer bem forte para ter o nosso mundinho de volta, mundinho difícil, mas cheio de amor e carinho. Vai ouvir a chuva cair e vai sentir um imenso vazio por não ter um grande amor pra compartilhar esse momento. Não terá alguém para brincar de se jogar na grama nos dias ensolarados, nem para admirar o pôr-do-sol sobre a ponte da pequena cidade. Talvez, nem consiga mais sentir o frescor do vento. O nome disso é saudade, aquilo que eu tinha tanto e te falava sempre. E quando você finalmente bater na minha porta, ela estará trancada, ou se aberta, mostrará uma casa vazia. Seus olhos te ensinarão o que são lágrimas, aquelas que eu te disse que ardiam tanto. E você vai lembrar dos carinhos nas costas pra você dormir, dos paninhos quentes pra aliviar sua dor de madrugada, da minha inocência que ria de tudo que você falava, do meu jeito bobo, do meu jeito de tentar te fazer feliz… O nome do enjoo que você vai sentir é arrependimento, e a falta de fome será a tristeza, a mesma que eu senti por tanto tempo. Um dia você irá se deitar, e quando olhar para o teto do quarto escuro, vai se lembrar que as estrelas poderiam estar lá, para iluminar todas as suas noites frias. Mas tudo o que você verá é a escuridão. Então quando os dias passarem e eu não te ligar, quando nada de bom te acontecer e ninguém te olhar com os meus olhos encantados… você encontrará a solidão. E você vai ver que diante de tudo isso, alguns dos meus defeitos poderiam ter sido perdoáveis. A partir daí, o que acontecerá chama-se surpresa. E provavelmente o remédio para todas essas sensações… é o tal do tempo em que você tanto falava!”