domingo, 24 de novembro de 2013

"Você está ai triste porque uma pessoa que você gosta terminou com você, ou simplesmente não consegue te ver mais com os olhos que você gostaria. Ok, tudo bem, a pessoa pode ser incrível, pode ter um ótimo senso de humor, pode ser inteligente, esforçada, independente... Pode te encantar de todas as formas, pode ter um sorriso lindo, pode ser sociável, educada, gentil com as pessoas... Mas do que adianta a pessoa ser tudo o que você sonhou, tudo o que você sempre quis se ela não se interessa mais por você? Vai insistir em um relacionamento so porque a outra pessoa tem várias qualidades? Vai ficar preso no mundo das lembranças, revivendo tudo em sua cabeça os momentos felizes de vocês? As lembranças são traiçoeiras, porque é a unica coisa que nunca vai mudar. Não podemos mudar o que passou, então quando você está com aquela ideia fixa que a pessoa é tudo pra você, você vai colocar esse cd pra tocar várias vezes ainda. E você vai sofrer, enquanto a outra pessoa estará ouvindo outras músicas...Você continua insistindo na mesma historia, você se dá ao máximo pra tentar reconquistar uma pessoa que já não quer mais ficar, agora me fala, você acha isso aceitável? Volto a questionar: do que adianta alguém ser uma ótima pessoa se ela não te quer? Se você tem que ficar se sujeitando a coisas que te faz sofrer? Do que adianta estar com alguém que você diz ser a certa pra você mas que não te trata bem? E não adianta você ser uma pessoa incrível, articulada, sorridente e feliz com a vida. Se a pessoa não gostar de você, ela não conseguirá ver nada disso. O amor é um sentimento nobre demais para ser mendigado, a consideração há de ser dada por espontaneidade, o carinho há de ser reciproco. Porque se você se dá muito mais que o outro, você acaba se dando demais e ficando vazia. Essa pessoa que você diz ser a pessoa que você sempre sonhou, na verdade ela não é tudo isso. Pense em seus relacionamentos anteriores, certamente fazendo uma comparação entre eles, uma pessoa não tem nada a ver com a outra e em ambas situações você deve ter achado que cada uma era a pessoa que você esperava, mas nunca é... Você está assim porque o seu coração está triste, mas passa... Existiram outras pessoas na sua vida e você superou, e essa é só mais outra."
Sempre me senti diferente dos outros. Não mais bonita, não mais inteligente, não mais especial, não mais esperta, não mais maluca, não mais legal, apenas diferente. Sou diferente na forma de sentir, tudo que me toca, me toca fundo. Tudo que me alegra, me alegra muito. Tudo que me dói, dói forte, corta. Nunca tive muitos freios em matéria de sentimento. Sempre que eu quis ir, fui. Muito me estrepei. Sempre que quis falar, falei. Muito me ralei. Aprendi um pouco a calar, a tentar respirar fundo e pensar.
Quero um amor que assista um filme comigo mexendo no meu cabelo, que quando eu chorar me faça rir, que me chame de linda quando eu chamá-lo de idiota, que ande de mãos dadas comigo, que me beije na chuva e quando eu falar de mais, que durma de conchinha e me esquente nas noites frias de inverno, que me mande rosas com um cartão, que eu goste do seu perfume. Um amor que passe as tardes comigo dormindo ou simplesmente fazendo nada, apenas deitados na cama, eu que quero um amor que me entenda quando não estou nos meus melhores dia, resumindo: eu quero alguém que com pequenas coisas me faça feliz.
“Consegui me desligar de você. Não posso dizer que foi fácil, por que não foi. Doeu, claro que doeu. Eu me apeguei demais a você, e foi um dos meus piores erros. Você junto com os seus problemas e com as suas paranoias, conseguiu perder a pessoa que mais te queria bem. Eu chorei por você, não nego. E me arrependo por cada lágrima derramada. Me lembro bem que todas as noites eu me ajoelhava e pedia, pra que aquilo que não fosse pra ser, sumisse logo da minha vida. Os dias passaram, você se distanciou. Na verdade, você foi embora mesmo, e foi porque quis. Eu sempre pensava que a sua partida iria ser a mais dolorosas de todas, mas não foi. Você foi embora e eu não senti nada. Absolutamente nada.”

sábado, 23 de novembro de 2013

E mais uma vez, eu abri uma página sua de uma rede social e fiquei olhando sua foto. Como eu já sorri olhando praquilo, você não tem ideia. Mas das ultimas vezes, infelizmente não era sorrindo que eu olhava, era com desanimo, com saudade e mágoa misturadas. Porque você tinha que morrer? Porque você tinha que matar tudo que eu sentia? Me obrigar a morrer também. Me obrigar a fingir estar viva pra todo mundo. Me obrigar a não chorar, quando tive vontade de chorar. Vontade de te esmurrar, te dizer que você é um idiota, um babaca, um cretino, um fraco, nunca passou disso. Nunca uma piada sua foi engraçada, nunca você me surpreendeu. Nunca. Mas eu não consigo deixar de pensar em você, a cada dia, a cada ato meu. E quando eu procuro outras pessoas, eu procuro imaginando você me vendo. E tendo ódio de mim. Porque eu quero que sinta ódio. Porque ódio significa alguma coisa, e é melhor que indiferença. Você que já foi tudo, já foi minha esperança, foi meu futuro imaginado, hoje não é nada. Não passa de uma foto numa rede social. Se eu vivo bem sem você, porque eu continuo te olhando? Porque eu sempre volto aqui? Porque eu ouço musicas que falam de tristeza? Por quê? Você não vale isso. Mas eu faço. Eu continuo fazendo. Como uma cerimônia de luto, eu sigo a risca. Mas acontece que você não morreu de verdade, do jeito que eu preferia que morresse. Você está ai vivo, vivendo sua vida, fazendo suas coisas, feliz, tranquilo, sem sentir minha falta, sem olhar minha foto em rede social. Porque eu não consigo? Porque você não podia ser alguém? Eu esperei muito de você? Não. Eu não esperei nada, eu entendi tudo, eu entendia o que ninguém entenderia. Eu respeitei. Eu fiz como você quis. Tudo. Eu me anulei. Eu deixei de me amar, pra todo meu amor ser só seu. Eu voltei atrás. Eu chorei, eu pedi desculpas, eu aguentei besteiras. Aguentei tudo. Ajuntando do chão, migalhas do seu carinho, migalhas do seu amor. Do seu jeito explosivo e calmo. Um dia me amando como se a terra fosse acabar depois da meia noite. No outro dia um desconhecido me pedindo pra tratá-lo como qualquer um, por favor. Você é meu personagem favorito. O dono de todos os meus textos, de todas as minhas histórias. O dono da curvinha das minhas costas. E eu tenho que dizer isso agora, só pra uma foto numa rede social. Porque você morreu na minha vida. Você pediu demissão, seu cargo era o de presidente, era membro honorário do conselho, tinha tapete vermelho e eu me vestiria até de secretária se te agradasse. E você pediu demissão, sem aviso prévio nem nada. Me diz agora? Como viver bem? Como sobreviver, sem essa ponta de angustia? Eu sou feliz, cara. Eu sou feliz demais. Mas eu sou infeliz demais, quando penso em você. Quando penso no que poderia ser, no que poderia ter sido. Eu sei que não dá. Eu nem quero que dê. Não quero mais. Mas não sei o que fazer com esse nó. Vai passar né? Eu sei. Com o tempo eu não vou mais olhar sua foto, nem sofrer, nem pensar o quanto é infeliz tudo o que aconteceu. Tomara que passe logo. Porque a vontade de te ressuscitar as vezes, me domina.

Tati Bernardi

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Coca-cola, formigas atômicas e combo de pipoca.
Tava na fila do cinema quando vi um cara com blusa das formigas atômicas acenar pra mim. Olhei duas, três, cinco mil vezes pra ver se eu não tava delirando. Ele vinha na minha direção com os braços abertos e eu calculei a distância entre o elevador mais próximo e eu. Não dava tempo de correr. Também não dava tempo de cavar um buraco no piso do shopping e pular dentro.
― Ei, preta. ― Ele me deu um abraço estranho de uma só mão e eu meio que abracei a outra mão dele e… hãm, foi um desastre. Mas meu coração doeu quando eu ouvi essa voz e esse apelidinho que anos atrás, eram suficientes pra deixar meu dia mais feliz.
― O…hei… ã. ― Eu queria dizer “Hey, oi, e aí?”. Mas não conseguia pronunciar direito.
― Quanto tempo né.
― Pois é… ― Balancei a cabeça.
― É… e aí?
― Tudo nice.
― Então… anos, né?
― Pois é. Três ou quatro.
― Acho que é quatro.
Três anos, nove meses e quatro dias, querido.
― É…
― Arram…
― Pois é.
Passamos algum tempo nos olhando constrangedoramente. Lembrei do tempo que nós tínhamos assunto. Era natural como respirar. Passávamos umas boas três, quatro horas no telefone. O assunto nunca acabava e o silêncio também não era um incômodo, nós meio que nos entendíamos. E olha só pra gente agora. Procurei na minha cabeça algum assunto que poderia falar com ele, mas não vinha nada. Estava quase correndo pra longe quando…
― Uma amiga minha te viu um dia desses.
Meses e meses atrás, corrigi mentalmente.
― Dalila?
― Não, não. Você não conhece.
― Então como ela sabe quem sou eu?
Ok. Já posso correr. Deveria dizer “não, é que assim, você é meio que o cara que eu mais amei na vida e meio que eu ainda falo de você pra Deus e o mundo”? Não né.
― Quis dizer que você não deve se lembrar dela, enfim, esquece.
― E esse suco aí na tua mão?
Olhei pra baixo e notei realmente que eu estava segurando um copo de suco de laranja. Alguém, que eu não me lembrava agora quem era, tinha ido comprar pipoca pra gente também, eu acho.
― É um suco.
― Tá brincando que é um suco? ― Ele ironizou. ― Tô querendo saber, é, cadê tua coca cola?
― Ah, sim, sim. Não tomo mais, sabe. ― Era minha deixa. Ensaiei falar isso faz anos. ― Mudei muito.
― Tu? Mudou? Tu? Parou de tomar coca? Ta beleza, eu acredito.
― Não ta vendo o suco na minha mão? Parei de tomar coca.
― Não parou não.
― Parei. ― Queria jogar o suco na cara dele ― Isso aqui é suco.
― Mas continua querendo tomar coca.
― Isso não significa nada.
― Claro que significa. ― Ele sorriu ― Significa que tu deixou de tomar coca, mas nunca vai deixar de tomar coca. Ela ta aí dentro de ti ainda. Tu sempre vai desejar uma coca gelada que rasga a garganta. Pega logo uma coca.
Verdade. Quase pude sentir o gosto enquanto ele dizia isso. Como eu queria coca-cola. Quase dois anos que eu não tomo e eu nunca deixei de querer tomar.
Mas enfim, o que tem haver?
― Que bom que só querer não dá celulite né? ― Sorri.
― Você seria linda de qualquer forma. Com ou sem celulite. ― Ele falou em um tom mais baixo e mais intenso, e eu tive um ataque cardíaco, pelo menos era o que eu sentia. Olhei pros lados disfarçando a timidez.
― E os caras? ― Ele perguntou quando teve a certeza de que eu não iria mais responder.
― Que caras?
― Os caras, né.
― Hãm?
― Namorados, preta, namorados, problemas, paqueras, etc.
Ah sim. Isso me lembrou que tinha alguém comprando pipoca em algum lugar desse shopping. Olhei de relance pra ver se encontrava, mas aparentemente não estava em nenhum canto. Ou era culpa minha, que só conseguia ver o cara de camisa das formigas atômicas na minha frente.
― Tô namorando.
― Você? ― Ele levantou a sobrancelha.
Me senti um pouco ofendida com o tom de voz dele. ― Eu mesma.
Ele me fitou por algum tempo em silêncio.
― O que? ― Já tava sem paciência.
― É… ― ele pensou por mais alguns segundos ― Estranho, eu acho.
E eu entendi o que ele quis dizer. A gente só se conhecia como um sendo a pessoa do outro. Nós éramos o amor da vida um do outro, a alma gêmea, a metade da laranja e qualquer outro nome que dão pra isso. Era algo fora do contexto esse nosso encontro, a gente aqui, como dois conhecidos que não se vêem há anos. Como que a gente foi se perder assim? Como que nossas vidas que pareciam tão juntas e tão entrelaçadas e tão grudadas, inventaram de mudar de rumo? Eu me sentia até culpada, eu acho. Era tudo bonito demais e triste demais e apaixonado demais pra ter acabado.
― É.
― Ainda escreve?
(Escrevo. Tô escrevendo um texto sobre você nesse instante.)
― Não ― Menti. ― Não tenho mais tempo pra isso.
― Hum… Então você mudou.
― Mudei muito.
― Mentira sua ― Ele me olhou como uma criança implicante.
― Acredite no que quiser ― Retribui o olhar.
― Aposto que ainda conta os dias e as datas.
― Não mesmo. Nem me lembrava mais disso. Aliás, que dia é hoje?
― Quanto tempo pro teu aniversário?
― Que?
― Quanto tempo falta. Para o teu. Aniversário. ― Ele falou pausadamente.
Engoli seco. ― Eu sei lá.
― Eu sei que você tá contando.
― O que? Eu mesm…
― Anda.
― Não sei.
― Diz.
― Não dig…
― Agora.
O encarei por alguns segundos até suspirar pesadamente.
― Três meses e quatro dias.
― Aniversário da tua cachorra.
― Sete meses e… seis dias. 12 de dezembro. Aniversário de Belo Horizonte. Dia da morte do José de Alencar. Aniversário do Silvio Santos também.
― Viu, eu disse.
― Grande coisa. Todo mundo tem uma mania.
― Grande coisa. Você não mudou nada.
― Cortei o cabelo.
― Não mudou a cor.
― Não assisto mais novela.
― Continua achando que a vida é uma novela mexicana.
― Não como mais miojo.
― Ainda odeia usar garfo pra cortar a carne.
― Tá. Tá. Eu entendi. Não mudei. Você venceu. Agora, pra quê tudo isso?
― Pra me certificar.
― De que?
Ele olhou pro lado e suspirou. ― De nada. De nada. Ei… tem um cara parado ali feito um bobo, acho que ele ta procurando alguém.
Segui o seu olhar e avistei um cara com um combo de pipoca na mão.
De alguma forma ele sabia quem esse cara é. Estranho.
― É meu namorado. Eu… eu tenho que…
― Tem que ir. ― Ele balançou a cabeça positivamente.
Droga. Porque é tão difícil ir embora?
― Então, até um dia.
― Até ― Ele pegou minha mão e deu um beijo, então deu um meio sorriso e foi se afastando.
Mordi o lábio enquanto o vi partindo ― já o vira partir tantas outras vezes. A gente nunca acha que um dia vai acabar. A gente sempre acha que vai ter mais, algum dia, alguma vez. Até que acaba. Até que o máximo de proximidade entre vocês seja apenas encontrar um ao outro na fila de um cinema. E não há nada mais triste que isso de seguir em frente. Não há nada pior do que desvencilhar sua vida da de outra pessoa. E mesmo com tudo, é como se não existisse realmente um fim, mesmo depois de ter tido um fim…
― Espera!
Ele se virou pra mim com surpresa em seus olhos ― O que?
― Você!
― Eu…
― Você é minha coca-cola.
― Eu sou o quê?
― Minha coca-cola. ― Ele vinha se aproximando e eu fechei os olhos, tentando me lembrar das palavras dele anteriormente. ― “Significa que tu deixou de tomar coca, mas nunca vai deixar de tomar coca. Ela ta aí dentro de ti ainda.”
― E o que isso significa?
― Você sempre vai estar aqui, mesmo não estando.
Ele deu um sorriso triste, e pelo seus olhos, vi que o meu também era. Ele colocou uma mecha do meu cabelo para de trás da minha orelha e suspirou.
― Você sempre vai ser a minha coca-cola, também.
― Até mais então.
― Até um dia, preta.
Cada um seguiu em frente novamente ― e literalmente. Fui encontrar o cara com o combo de pipoca, mas não pude deixar de olhar pra trás e ver, por mais uma ― e talvez última ― vez, o cara com a camisa das formigas atômicas.
Acho que vou tomar coca-cola hoje. (Iolanda Valentim)
“Idiota fui eu, que só por ter tido carinho, pensei que fui amado.”
Caio Fernando Abreu.
“Sem pressa. Sem vírgulas. Sem ponto final. Sem brigas. Sem separação. Sem mágoa. Sem dor. Somente amor, por favor.”
“Eu realmente acredito que, embora o amor possa ferir, ele também seja capaz de curar.”
Nicholas Sparks.
"Tu não sabe a sorte que tem. Mil loucos por ela e ela louca por você."
“Você não pode viver a sua vida para os outros. Você tem de fazer o que for certo para você, mesmo que isso machuque as pessoas que você ama.”
Nicholas Sparks. 
“Não importa onde você parou ou em que momento da vida você cansou. Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo. É renovar as esperanças. E eu pergunto: sofreu muito nesse período? Foi a dor do aprendizado. Chorou muito? Foi a limpeza da alma. Ficou com raiva das pessoas? Foi para perdoá-las. Acreditou que tudo estava perdido? Era o início da tua melhora.”
Carlos Drummond de Andrade. 
"Eu me orgulho de todas as minhas lembranças ingênuas, mas tenho consciência de que foi a minha fragilidade cansada que me transformou numa pessoa irônica."
- Tati Bernardi
“Mas eu acredito em amor verdadeiro, sabe? Não acho que todo mundo possa continuar tendo dois olhos nem que possa evitar ficar doente, e tal, mas todo mundo deveria ter um amor verdadeiro, que deveria durar pelo menos até o fim da vida da pessoa.”
A Culpa é das Estrelas. 

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

O cara te trata feito rainha e você até que gosta, acha bonitinho e dá uma chance. Mas aí vem outro e esquece de te ligar no dia seguinte, só manda mensagem quando quer e te sussurra aquelas coisas que não se diz porque o horário não permite, e você gama. Mulher é bicho de oito cabeças. 
“Eles se amam. Todo mundo sabe mas ninguém acredita. Não conseguem ficar juntos. Simples. Complexo. Quase impossível. Ele continua vivendo sua vidinha idealizada e ela continua idealizando sua vidinha. Alguns dizem que isso jamais daria certo. Outros dizem que foram feitos um para o outro. Eles preferem não dizer nada. Preferem meias palavras e milhares de coisas não ditas. Ela quer atitudes, ele quer ela. Todas as noites ela pensa nele, e todas as manhãs ele pensa nela. E assim vão vivendo até quando a vontade de estar com o outro for maior do que os outros. Enquanto o mundo vive lá fora, dentro de cada um tem um pedaço do outro. E mesmo sorrindo por ai, cada um sabe a falta que o outro faz. Nunca mais se viram, nunca mais se tocaram e nunca mais serão os mesmos. É fácil porque os dias passam rápidos demais, é difícil porque o sentimento fica, vai ficando e permanece dentro deles. E todos os dias eles se perguntam o que fazer. E imaginam os abraços, as noites com dores nas costas esquecidas pelo primeiro sorriso do outro. E que no momento certo se reencontrem e que nada, nada seja por acaso.”

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

“Eu sei que você sente falta dele. Sei que você sente falta do jeito que ele te chamava, dos apelidos carinhosos destinados apenas a sua pessoa. Sei também que você sente falta das mãos dele, a propósito maiores que as suas, que insistiam em segurá-las em lugares públicos para dar a ideia de que “Ele é meu”. Sei que você sente falta dos casacos dele que te protegiam do frio, já que eram maiores que seu corpo. Sei que sente falta do cheiro dele também, e que já se pegou sentindo aquele perfume do nada, parece coisa de cinema, mas você já sentiu, admita. Sei que você sente falta da maneira como ele notava que estava mal, e da maneira que se importava até quando você dizia estar tudo bem. Sei que sente falta até de suas discussões, que mesmo nas piores, eram encerradas com um beijo vindo de ambas as partes. Sei que sente falta de ouvir a música de vocês, e sente porque é incapaz de ouvir de novo por não se sentir preparada para lembrar dele. Mas querendo ou não, você lembra dele não é? Você fica dispersa na sala de aula escrevendo o nome dele nas bordas das folhas dos seus cadernos, não é? Eu sei que você pode viver sem ele, mas simplesmente não quer, não é? Você ainda o ama. Se não amasse, a voz, o jeito, o cheiro e o toque dele não passariam pela sua cabeça enquanto digo todas essas coisas, já que eu simplesmente não citei nome de ninguém […]"
‎"Sabe por que muitos relacionamentos não dão certo? Porque moleque que se faz de homem, só da certo com vadia que se faz de santa."