“Eu me declarei pra você
milhares de vezes. Quando eu ri daquela sua piada idiota que não teve a menor
graça e quando dei risada das piadas de mau gosto que você fez sobre mim.
Lembra? Eu deixei você me zoar porque você achava muita graça naquilo, e se te
faz feliz… Bom, me faz feliz. Quando eu deixei os outros um pouquinho de lado
pra dar toda a atenção pra você. Quando eu ouvi as músicas que você me mandou, mesmo elas não sendo do meu gosto. Lembra…
Quando eu tratava todo mundo mal, mas era super gentil com você? Então. Isso
também foi uma declaração, mesmo que silenciosa. Quando eu aguentei suas
grosserias todas porque você teve um dia ruim. E também quando eu deixei você
descontar todas as suas frustrações em mim, mesmo eu não tendo nada a ver.
Quando eu te fiz sorrir quando tu chorava por outra pessoa. Quando eu te
defendi do mundo mesmo você estando completamente errada. Quando eu deixei de
ficar irritado só porque você tava mal e precisando de alguém. Eu me declarei
pra você tantas vezes, da minha maneira… Só você que não viu.”
sexta-feira, 31 de janeiro de 2014
“Não precisava ser assim. Não
precisava doer como dói. Eu não podia apenas sorrir quando me lembrasse de
você? Mas acontece tipo assim: lembro do seu rosto, do seu abraço, do seu
cheiro, do seu olhar, do seu beijo e começo a sorrir, é assim mesmo,
automático, como se tivesse uma parte do meu cérebro que me fizesse por um
instante a pessoa mais feliz do mundo. Eu sei, é lindo. Mas logo em seguida,
quando penso em quão longe você está sinto-me despedaçar por inteira. E dói.
Uma dor cujo único remédio é a sua presença.”
— Caio Fernando Abreu.
— Caio Fernando Abreu.
Eu não me conheço mais.
Antigamente eu era uma pessoa meiga, carinhosa, alegre, amorosa … Só que de uns
tempos pra cá eu me tornei algo que eu não queria, mais eu mudei porque a dor
faz a gente mudar, faz a gente perceber que não é sempre que as coisas vão ser como a gente espera que seja. Hoje
sou fria, orgulhosa, não me divirto como antes, não acho mais graça em certas
coisas que antes me tirava um sorriso espontâneo, um sorriso verdadeiro, fiquei
assim desconfiada de todos acredito em poucos, mas poucos mesmo. Eu já tentei
voltar a ser como eu era antes, mais não é fácil e acho que por mais que eu
tente eu não consigo.
"Porque muita coisa
mudou, e dizem que com o tempo e a maturidade, as pessoas ficam com mais
'preguiça de tudo que não é incrível'. Eu cansei de noites em claro com quem
não muda o meu dia. Cansei de minutos ao telefone, com quem não diz exatamente
o que eu preciso ouvir. Não sei mais desperdiçar carinhos. Não é qualquer
mensagenzinha no celular que acelera meu coração. E entre meu sofá e uma pessoa sem cérebro... deito e durmo tranquilamente(...) E
admito, um amor cairia muito bem! Mas amor de verdade, sabe?! Daqueles que
transmitem paz só de olhar. Alguém que me aceite com o meu histórico de amores
mal sucedidos, e minhas teorias malucas sobre o verbo amar. Alguém de quem eu
não precise mais do que a minha própria vida, mas que precise de mim pra vida
inteira. Alguém só meu. E que não sinta necessidade de ser de mais ninguém.
Porque a felicidade que eu tanto procurava nos outros, eu já encontrei dentro
de mim..."
Sempre
ouvi dizer que a vida ensina e que o tempo cura tudo. Mas hoje preciso te
contar que certas coisas a vida ainda não fez o favor de me ensinar e que o
tempo se atrasou e ainda não veio me libertar de uns desejos. (…) O tempo nem
sempre cura tudo. Tenho feridas que já cicatrizaram, mas que insistem em
latejar quando o dia está nublado. Tenho mágoas que já foram superadas, mas se
lembro bem, se lembro forte, se penso nelas eu choro. - Caio Fernando Abreu
“Ele me conta das
meninas, eu conto dos caras. Eu acho engraçado quando ele fala “ah, enjoei, ela
era meio sem assunto” e olha pra mim com saudade. Ele também ri quando eu digo
“ah, ele não entendeu nada” e olho pra ele sabendo que ele também não entende,
mas pelo menos não vai embora. Ou vai mas sempre volta.Mas meu melhor amigo é
meu único amor. O único que consegui. Porque ele sempre volta. E meu coração
fica calmo.” — O Amor, Tati Bernardi.
“Sentir-se
amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida, que zela pela sua
felicidade, que se preocupa quando as coisas não estão dando certo, que sugere
caminhos para melhorar, que coloca-se a postos para ouvir suas dúvidas e que dá
uma sacudida em você, caso você esteja delirando. “Não seja tão severa consigo
mesma, relaxe um pouco. Vou te trazer um cálice de vinho”. Sentir-se amado é
ver que ela lembra de coisas que você contou dois anos atrás, é vê-la tentar
reconciliar você com seu pai, é ver como ela fica triste quando você está
triste e como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma
tempestade em copo d´água. “Lembra que quando eu passei por isso você disse que
eu estava dramatizando? Então, chegou sua vez de simplificar as coisas. Vem
aqui, tira este sapato.” Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que
não transformam a mágoa em munição na hora da discussão. Sente-se amado aquele
que se sente aceito, que se sente bem-vindo, que se sente inteiro. Sente-se
amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que não existe
assunto proibido, que tudo pode ser dito e compreendido. Sente-se amado quem se
sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a
relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo. Sente-se amado quem
não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda,
mas escuta. Agora sente e escute: eu te amo não diz tudo.”
— Martha Medeiros.
— Martha Medeiros.
“Eu olho
tanto meu celular que já decorei de quanto em quanto são cinco minutos. Eu
tenho vontade de jogar meu celular numa parede qualquer. E me libertar da
vontade de ouvir sua voz. De novo, de novo, eu não canso. De novo fazendo
romance em cima de um conto breve. Se você não ligar, nunca mais, eu vou ficar
triste, igual fiquei semana passada porque outro não ligou, igual fiquei semana
retrasada porque outro sumiu. Igual eu vivo ficando chateada e vive
passando. Liga, vai, me dá uma chance. Me dá uma chance de ser extremamente
sensual apesar do meu braço torto e das celulites da minha bunda. Ser
extremamente sensível apesar de todas as ironias que eu te falo pra você não
achar que pode me ganhar.”
— Tati Bernardi
— Tati Bernardi
Se eu posso
te dar um conselho, eis aqui: Não mendigue atenção de quem quer que seja. Não
se esforce para compartilhar minutos com quem está mais interessado em coisas
que não te incluem. Não prolongue a conversa apenas para ter o outro por perto,
quando você perceber que precisa se esforçar bastante para que o monólogo vire
um diálogo. Esqueça. Prefira a sua solidão genuína à pseudo presença de
qualquer pessoa. Ainda digo mais: Perceba que existem pessoas que curtem
dividir a atenção contigo sem que você precise desprender esforço algum.
Aproveite o que te dão de livre e espontânea vontade. Dispense o que te dão por
força do hábito ou por conveniência. Esqueça o que não querem te dar. Cada um
dá o que pode
- Mario Calfat
- Mario Calfat
“Então
compreendi perfeitamente o que gerava a dor. Não era o corte com a ponta da
faca, a topada na quina da cama, o amigo que não liga mais, o café que sujou o
fogão, as palavras duras, as notícias na tv, obviamente isso soma-se ao fardo,
mas não é ele em si. A dor era gerada pela sede insaciável do nada. Pois quando
não se tinha o que queria sofria e quando conseguia almejava outra coisa para
sofrer. E é por essa sede que os humanos consomem seus dias, pelos futuros que
nunca virão ou que serão fadados quando chegarem. E a maior idiotice era
perceber: eu também era um desses tais que nunca estava de barriga cheia.”
— Fernando Pessoa.
— Fernando Pessoa.
segunda-feira, 13 de janeiro de 2014
“Ninguém sente a minha enxaqueca, minhas trocas de humor, minhas cólicas menstruais, ninguém paga as minhas contas, pensa o que eu penso, toma as decisões que preciso tomar. Por tudo isso, eu digo, se eu tenho que mostrar alguma coisa é pra mim. E por pensar dessa forma, sempre busquei me superar. Muitas vezes eu converso comigo mesma e digo força-força-força. Mas eu entendo que preciso me permitir sentir toda a fraqueza, vez ou outra.” — Clarissa Corrêa
"E apesar de rir e fingir que não me importo, eu me importo sim. Tem dias que gostaria de ser diferente, mas isso é impossível. Estou presa ao caráter com qual nasci, e mesmo assim tenho certeza de que não sou má pessoa. Faço o máximo para agradar a todos, mais do que eles suspeitariam num milhão de anos."- O Diário de Anne Frank.
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